Especialista em Acupuntura e Eletroacupuntura (CBA/ABACO).
Mestre em Psicologia (UFRGS).
Durante o nosso período de formação em Acupuntura, na fase de produção da monografia da especialização em Acupuntura e Eletroacupuntura, há quase 10 anos atrás, realizamos uma avaliação da Acupuntura clínica com o uso de testes psicológicos validados pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP).
Os instrumentos utilizados tinham as seguintes características: eram testes psicométricos, com uso de números, estatística, padronização, com resposta mecânica expressa por meio da escrita e com o objetivo de diagnóstico.
Os testes administrados naquela época foram os seguintes:
Veja a lista completa e atualizada dos testes avaliados pelo Conselho Federal de Psicologia clicando aqui.
Foi utilizado um padrão total de apenas 10 sessões (01 por semana), com no máximo 10 agulhas por sessão, com o diagnóstico em Psicologia e em Acupuntura (MTC / Zang-Fu), uso de agulhas sistêmicas, estéreis, descartáveis, tamanho 0,20 X 30mm, inserção com uso de mandril descartável (tubo guia), com obtenção do "deqi", método de sedação com tempo total 20 minutos e manipulação vigorosa de 5 em 5 minutos; método de tonificação com tempo total 10 minutos, manipulação suave de 5 em 5 minutos. As intervenções ocorreram com ou sem o uso de outras terapêuticas (tratamento combinado), como, por exemplo, remédios e/ou Psicoterapia.
Foram incluídos na pesquisa todos os pacientes que responderam aos testes em ordem de chegada.
No total, foram 14 pacientes, 100% com desconforto crônico (mais de 6 meses de queixa).
Idade entre 18 e 68 anos.
3 do sexo masculino e 11 do feminino.
3 pacientes com uso de outros tratamentos e 11 sem outro tratamento.
10 pacientes com "Síndromes de Deficiência" e 4 com "Síndromes de Excesso".
Queixas principais: 7 com ansiedade, 2 com depressão, 1 com insônia, 3 dependentes de tabaco e 1 com lombalgia.
A Acupuntura clínica mostrou-se uma estratégia clínica eficaz, segura, com resultados rápidos e poucos efeitos colaterais (ex.: letargia, sonolência, leve vermelhidão em alguns locais de inserção que duraram até 2 minutos).
A porcentagem geral dos resultados dos tratamentos aferidos pelos testes validados e reconhecidos pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) ficou deste modo:
1. “Inventário Beck de Depressão” (BDI):
2. “Inventário Beck de Ansiedade” (BAI):
3. “Questionário Geral de Saúde” (QSG):
Acreditamos, após analisar esses dados iniciais (com intervenção de apenas 10 sessões), que a Acupuntura, cada vez mais, poderá ser uma grande aliada nos tratamentos científicos das desordens psicológicas, talvez, vindo a ser a grande parceira das mais variadas formas de Psicoterapia.
No mínimo, ao nosso ver, esses achados mostram uma nova frente de “tratamento combinado”, para além da “antiga dupla” (psicoterapia + remédio).
Os nossos achados estão em completa sintonia com os dados das pesquisas apontadas por Allen, Schnyer e Hit (1998) e também com os dados científicos sobre eficácia da Acupuntura divulgados pela Organização Mundial da Saúde/OMS (WHO, 2002).
Como exemplo, veja alguns informações objetivas sobre a eficácia da Acupuntura para tratamento das alterações psicológicas conforme publicação da OMS:
Por fim, é importante lembrar que a grande maioria dos pacientes (72,73%) tratou-se apenas com a Acupuntura (sem remédio ou psicoterapia). Assim, acreditamos que a Acupuntura pode ser usada como terapêutica principal de alguns quadros psicopatológicos, principalmente nos de estresse (77,78%), insônia (83,33%) e distúrbios psicossomáticos (100%). São necessárias novas pesquisas, com maior número de pacientes, grupo controle, etc., para verificar se essas nossas últimas hipóteses são realmente válidas.
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