A cientista chinesa Tu Youyou, agraciada nesta segunda-feira com o Nobel de Medicina por descobrir um novo tratamento contra a malária, compartilhou o mérito do prêmio com sua equipe e considerou que a distinção é “uma honra para a ciência e a medicina tradicional chinesa em sua tentativa de estender suas mãos para o mundo“.
Tu se transformou nesta segunda-feira na primeira mulher chinesa a ser laureada com um Nobel em qualquer uma de suas categorias e na primeira cidadã do país a fazê-lo em Medicina.
Além disso, Tu estabeleceu um feito inédito ao basear suas pesquisas na medicina tradicional chinesa, uma disciplina que nem sempre é reconhecida no Ocidente devido a sua base empírica.
A cientista, de 84 anos, descobriu a artemisinina em 1969, um tratamento contra a malária que salvou milhões de vidas no mundo.
“A artemisinina é um presente da medicina tradicional chinesa para a população mundial”, destacou a doutora em Pequim na segunda-feira pela tarde, quando representantes do governo a visitaram para parabenizá-la, segundo publicou a agência oficial “Xinhua” na madrugada desta terça-feira.
Tu Youyou diz que Nobel “é uma honra para a medicina tradicional chinesa”
De forma humilde, Tu detalhou que “a descoberta” desse tratamento “é um exemplo bem-sucedido de uma pesquisa coletiva em medicina tradicional chinesa”, compartilhando o mérito com seus companheiros, depois que, no passado, alguns deles a criticaram por, supostamente, “se apossar” dessa conquista.
O descobrimento de Tu remonta às suas pesquisas nos anos 1960 e 1970, em plena Revolução Cultural, quando os cientistas eram considerados contrarrevolucionários e não eram permitidos de continuar com suas pesquisas.
No entanto, o ditador Mao Tsé-tung deu o aval para que Tu investigasse um tratamento contra a malária e ajudou a financiar seu trabalho devido ao elevado número de mortes que a doença estava causando no sul do país.
Tu se deparou com sua descoberta graças a um livro de 1.300 anos de idade que encontrou na ilha de Hainan, no sul do país.
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Naquele manuscrito de mais de mil anos da medicina tradicional chinesa, que é baseada na tentativa e erro e em experiências que foram sendo descritas nos livros ao longo da História, se destacava que o absinto chinês (artemisia annua) era considerado pelos moradores da região como um bom remédio contra a febre, um possível sintoma da malária.
Então, Tu, com apenas 39 anos, conseguiu isolar o princípio ativo dessa planta, a artemisinina.
“A inspiração da medicina tradicional chinesa” foi importante, disse o presidente do Comitê do Nobel de Medicina e Psicologia, Juleen R. Zierath, em entrevista exclusiva com a “Xinhua”.
No entanto, Zierath ressaltou que o realmente importante foi que Tu “identificou o agente ativo no extrato da planta” e destacou o papel da química moderna e da bioquímica para se chegar a essa substância.
Tags:Acupuntura, pesquisa
CONGRATULAÇÕES À DRA. TU YOUYOU, POR SUA PESQUISA E MATERIALIZAÇÃO, DESENVOLVENDO MEDICAÇÃO ESPECÍFICA PARA A MALÁRIA PARTINDO DE UMA BASE FITOTERÁPICA E ATINGINDO O NÍVEL MÁXIMO A CURA, SAIBA QUE CADA POBRE NO MUNDO LHE DEVE MUITO, POIS ESTE TIPO DE DOENÇA NÃO INTERESSA AOS GRANDES LABORATÓRIOS, SAIBA QUE CADA PROFISSIONAL QUE ATUA COM TERAPIAS ALTERNATIVAS SE SENTE HONRADO POR SUA DESCOBERTA. PARABÉNS LAUREADA POR UMA ACADÊMIA QUE HONRA A HUMANIDADE POR EXISTIR A REAL ACADÊMIA DA SUÉCIA. PARABÉNS PELO NOBEL. Nilton Jorge Silva Angelo. ( [email protected])
Belas palavras Nilton! Essa farmacêutica e pesquisadora é merecedora de todos os elogios.